"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

LULA EVITOU QUE SURGISSEM OUTROS LÍDERES E O PT ESTÁ CAMINHANDO PARA A DERROCADA


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Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com)
Na sua mistura de ignorância e arrogância, o líder sindical Lula da Silva virou político, chegou ao poder e passou a ter delírios egocêntricos. 
Julgava-se (e até hoje se julga) “dono” do PT e do Brasil; achava-se (e ainda se acha) um candidato imbatível nas urnas. 
Esta megalomania fez muito mal ao PT, porque Lula jamais  admitiu o surgimento de novas lideranças no partido. Pelo contrário, tudo fez para permanecer sozinho e hegemônico. Por isso, o PT não tem Plano B.
No início da carreira política, devido a suas limitações, Lula se viu obrigado a se cercar de pessoas mais preparadas e esclarecidas, como os advogados Almir Pazzianotto, Aírton Soares, José Dirceu e Hélio Bicudo, o editor César Benjamin, o médico Antonio Palocci, o jornalista Tom Thimóteo, o sociólogo Paul Singer e os economistas Aloizio Mercadante e Guido Mantega, entre outros. 
Porém, Lula jamais permitiu que crescessem dentro do PT e fizessem sombra à sua liderança única e exclusiva.
NO PODER – No início de seu primeiro governo, em 2003, Lula dependia diretamente do chefe da Casa Civil, pois era José Dirceu que comandava o governo, Lula tinha um cargo apenas simbólico. 
Quando o “primeiro-ministro” Dirceu foi alvejado pelo mensalão, em 2005, Lula já tinha pegado gosto pela Presidência, ficou muito aliviado ao se livrar dele, colocou a desconhecida Dilma Rousseff na Casa Civil, para funcionar como gerentona, e estávamos conversados.
No ano seguinte, 2006, caiu mais uma liderança em ascensão no PT – o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que imitou Dirceu e abriu uma consultoria para também enriquecer às custas do chamado tráfico de influência. 
E assim Lula foi ficando sozinho e inexpugnável no governo e no PT. O presidente e os dirigentes do partido eram escolhidos diretamente por ele, não tinha nem conversa.
TUDO DOMINADO – Lula sempre teve o controle total do partido. Em 2010, quando o PT ia escolher o candidato á Presidência, sacou da manga do colete o nome de Dilma Rousseff, que viera do PDT e nem era considerada petista. Ninguém queria, mas Lula fez a convenção aprová-la, depois conduziu a campanha e elegeu o chamado poste.
Lula julgou que ao final do mandato, em 2014, a tal “presidenta” agradeceria a deferência e se retiraria, para que ele fosse candidato. Mas deu tudo errado. Dilma Rousseff se achava o máximo, desafiou Lula e lhe disse que ia disputar a convenção contra ele. Lula nem ligou, sabia que ninguém votaria nela.
Mas Dilma tinha uma bala de prata. Na reta final, ameaçou revelar os abusivos gastos no cartão corporativo da amante de Lula no Brasil e no exterior, mostrando também que muitas vezes Rosemary Noronha viajou clandestinamente, sem que seu nome constasse na lista de passageiros.
LULA RECUOU – Não havia alternativa. Lula teve de recuar. A contragosto, retirou seu nome e defendeu a candidatura de Dilma na convenção. Revoltado com a traição, não queria participar da campanha. No início, fez corpo mole, mas depois teve de entrar para salvar o PT e conseguiu reeleger a ex-companheira.
Quatro anos depois, Lula prepara-se para o dia mais importante de sua vida. Sabe que está praticamente destruído e o partido vai desmoronar junto com ele. Realmente, não sobrou uma só liderança de destaque que possa representar o PT na eleição.
Como dizia o genial Cartola, “o mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos, tão mesquinho, vai reduzir as ilusões a pó”.  E assim, de repente, não vai mais existir o político Lula. E a legenda  que ele criou para dominar a política brasileira vai se tornar mais um partido nanico.
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P.S.
 – Na undécima hora, o PT planta as notícias mais fantasiosas, anuncia que o juiz Moro deixou brechas na sentença, a votação no TRF-4 será 2 a 1, Lula conseguirá disputar a eleição e voltará ao poder. O PT pode espalhar notícias à vontade. Acontece que desta vez, porém, não será o marketing que resolverá a parada. A decisão virá dos autos judiciais, com base na minuciosa sentença de 283 páginas do juiz Moro, que condenou Lula a nove anos e meio de prisão. 

Na política, Lula e o PT estão com seus dias contados. (C.N.)   

28 de janeiro de 2018
Carlos Newton

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