"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 11 de julho de 2017

"TROCA DE MEMBROS DA COMISSÃO É ETICAMENTE QUESTIONÁVEL" - DIZ PRESIDENTE DA CCJ

Resultado de imagem para rodrigo pacheco deputado
Rodrigo Pacheco faz críticas ao Planalto
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) afirmou na manhã desta terça-feira, em entrevista à “CBN”, que a mudança dos integrantes da CCJ é questionável do ponto de vista ético. Para ele, as trocas promovidas pelo governo para tentar garantir maioria na votação da denúncia por corrupção passiva oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer ferem a independência dos deputados federais que compõem a comissão.
“Acho um procedimento inadequado. Até sob o ponto de vista ético, questionável. Fere a independência dos deputados. Imagine a situação de um deputado que está na Comissão de Constituição e Justiça, relator de diversas matérias, e é sacado por causa do ponto de vista que ele tem sobre um tema” — explicou.
FRAQUEZA DO GOVERNO – De acordo com Pacheco, a iniciativa de trocar membros da Comissão é uma demonstração de fraqueza do governo: “Qualquer manobra nesse sentido, com esse intuito, se é que, evidentemente, há um intuito em todas essas substituições, demonstra um excesso de zelo de ter a maioria na Comissão de Constituição e Justiça” — afirmou.
Do mesmo partido que o presidente Michel Temer, Pacheco disse ainda não temer represálias pela condução da denúncia. E ainda afirmou que, se a represália viesse por uma razão “técnica” e “isenta”, seria sinal de que ele não deveria mesmo seguir no partido.
“Não temo represália alguma e, se ela viesse por uma ação isenta na principal comissão da Casa, que precisa dar exemplo de técnica, juridicidade e isenção, é por que eu não mereço estar no partido” — disse.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– O Planalto pensou que poderia manipular o presidente da CCJ, mas deu tudo errado. Rodrigo Pacheco é do PMDB, mas até agora não mostrou comprometimento com a quadrilha dos caciques do partido. Pelo contrário, tem demonstrado isenção, coisa rara na política brasileira. (C.N.)

11 de julho de 2017
Deu em O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário