"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

SÉRGIO CABRAL SE TORNA RÉU PELA DÉCIMA SEGUNDA VEZ

EX-GOVERNADOR DO RIO É ACUSADO DE CORRUPÇÃO ENVOLVENDO CONTRATOS DO GOVERNO

EX-GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO SÉRGIO CABRAL TORNOU-SE RÉU PELA DÉCIMA SEGUNDA VEZ NO ÂMBITO DA OPERAÇÃO LAVA JATO (FOTO: RODRIGO FÉLIX/ESTADÃO)


O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral tornou-se réu pela décima segunda vez no âmbito da Operação Lava Jato. O juiz Marcelo Betas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, recebeu nesta quinta (29) denúncia do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ), fruto das operações Calicute e Eficiência.

A denúncia inclui também o empresário Marco Antonio de Luca e os operadores financeiros Carlos Miranda e Carlos Bezerra. Eles são acusados de crimes de corrupção envolvendo contratos de fornecimento de alimentos e prestação de serviços especializados ao governo do estado. De Luca também responde por crime de organização criminosa.

De acordo com o MPF, entre 2007 e 2016, Marco de Luca pagou R$ 16,7 milhões em propina a Cabral para obter benefícios em contratos com o governo do Rio de Janeiro. Foram registrados 82 pagamentos mensais a Miranda e a Bezerra, no valor aproximado de R$ 200 mil. Segundo a denúncia os pagamentos continuaram até a prisão de Cabral, em novembro do ano passado.

As investigações da Operação Ratatouille revelaram que as empresas Masan Serviços Especializados Ltda e Comercial Milano Brasil, ligadas a de Luca, tiveram crescimento exponencial nas contratações com o governo do Rio de Janeiro nos últimos 10 anos. O governo assinou contratos com a Masan que totalizaram R$ 2,2 bilhões e com a Milano de R$ 409 milhões para fornecimentos de alimentos para escolas e presídios do estado.

Na sentença, Bretas registrou que o órgão ministerial expôs com clareza os fatos criminosos e suas circunstâncias, fazendo constar a qualificação dos denunciados e a classificação dos crimes. Caso condenados, além de serem presos, os réus deverão pagar pelo menos R$ 16,7 milhões por danos materiais e R$ 33,4 milhões danos morais coletivos.

A defesa de Cabral informou que irá se pronunciar nos autos do processo. As defesas de Marco de Luca e dos operadores financeiros Carlos Miranda e Carlos Bezerra não foram localizadas até o fechamento da matéria. (ABr)



29 de junho de 2017
diário do poder

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