"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 20 de junho de 2017

RECORDISTA EM CORRUPÇÃO, SÉRGIO CABRAL TAMBÉM JÁ É RECORDISTA EM PROCESSOS


Charge da semana: Sérgio Cabral
Charge do Carlos Zambrana (IstoÉ Dinheiro)
O juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, aceitou nesta segunda-feira (19), mais uma denúncia contra o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). Agora, ele é réu em 11 processos.  Essa denúncia havia sido apresentada na sexta-feira, 16, pelo Ministério Público Federal (MPF), que acusa Cabral e sua mulher, a advogada Adriana Ancelmo, por lavagem de dinheiro com compra de joias. Já existem outros dois processos que investigam procedimentos semelhantes.
A nova denúncia trata de cinco compras feitas na joalheria H Stern, entre 2009 e 2014, no valor total de R$ 4.527.590. Somadas as três investigações, Cabral e Adriana teriam gasto mais de R$ 11 milhões provenientes de propinas para comprar 189 joias e pedras preciosas. Segundo o MPF, trata-se de uma forma de tentar legalizar dinheiro de origem ilegal. Só 40 peças foram localizadas – o paradeiro das demais é desconhecido pelo Ministério Público Federal.
CRIME CONTINUADO – “Para o MPF o crime é continuado, porque ainda está sendo cometido”, diz o procurador da República Sérgio Pinel, um dos nove autores da denúncia, encaminhada à 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
A denúncia mais recente foi feita com base em documentos e testemunhos dados por quatro pessoas ligadas à joalheria: o presidente da empresa, Roberto Stern, o vice-presidente, Ronaldo Stern, o diretor financeiro Oscar Luiz Goldemberg, e a diretora comercial, Maria Luiza Trotta. Eles também eram acusados de lavagem de dinheiro pelo MPF e negociaram acordos de delação premiada.
Embora não existam documentos capazes de comprovar que as joias foram compradas por Cabral e Adriana, o MPF colheu vários documentos que indicam que o casal foi responsável pelas aquisições. “Essas joias não estão em nome do casal exatamente porque se trata de lavagem de dinheiro. Nesse tipo de crime ninguém emite documento”, afirma Pinel.
DOIS OPERADORES – Além de Cabral e Adriana, foram denunciados pelo MPF Carlos Bezerra e Carlos Miranda, dois ex-assessores de Cabral apontados como responsáveis pelo pagamento das joias à H.Stern. Tanto o ex-governador e a mulher quanto os dois ex-assessores são acusados de lavagem de dinheiro. Cada um pode ser condenado a até 16 anos de prisão – a pena prevista é de 3 a 10 anos, aumentada de até dois terços se o crime for praticado por organização criminosa, o que é o caso, segundo o MPF.
Em outro processo, referente a desvios de verbas do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, Adriana foi absolvida pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, sob a alegação de não haver “prova suficiente de autoria ou participação” da mulher do ex-governador do Rio de Janeiro nesses crimes. No mesmo processo, Cabral foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo merecem ser submetidos a um profundo exame neurológico, psicológico e criminológico. A ganância era tamanha que eles passaram a achar que o enriquecimento ilícito poderia ser considerado normal. Achavam que jamais seriam apanhados. Podem estar confirmando a velha tese do criminalista italiano Cesare Lombroso, que acreditava na teoria do criminoso nato, com características físicas. A compulsão de Cabral e Adriana pelo crime nem Freud explicaria(C.N.)

20 de junho de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)

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