"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

MPF QUER PUNIR SHEHERAZADE POR "EXCESSO DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO E MOSTRA QUE SERVE AO PIOR TIPO DE AUTORITARISMO



A Procuradoria Regional da República da 3ª Região (PRR3) quer censurar o SBT por ter “deixado” que Rachel Sheherazade desse uma opinião em 2014. Na época, a apresentadora comentou a ação de um grupo de pessoas que, em legítima defesa, flagrou e prendeu um bandido a um poste na Zona Sul do Rio de Janeiro. As informações são do ILISP.

Rachel apenas refletiu a opinião do povo ao dizer que a ficha do criminoso estava “mais suja do que pau de galinheiro”. Em linha com o povo sofrido, ela compreendeu a ação dos cidadãos: “O contra-ataque aos bandidos é o que eu chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem estado contra um estado de violência sem limite”.

Em surto de autoritarismo, na apelação a ser julgada pelo Tribunal Regional Federal (TRF3), o procurador regional da República Walter Claudius Rothenburg decidiu contestar sentença da primeira instância que julgou improcedente a ação civil pública ajuizada em setembro de 2014 pelo Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC).

“A ação civil pública foi proposta pelo MPF com o objetivo de salvaguardar a integridade física e psíquica de um adolescente vítima de violência, assim como de proteger o público em geral de mensagens que incitam a violência em um contexto social tão fortemente marcado pelo desrespeito aos direitos fundamentais”, alegou.

Agora, Rothenburg quer que o SBR veicule um quadro com a retratação dos comentários da jornalista, sob pena de multa de R$ 500 mil por dia de descumprimento. A veiculação deverá esclarecer aos telespectadores que a incitação à violência não encontra legitimidade no ordenamento jurídico e constitui atividade criminosa ainda mais grave do que os crimes de furto que haviam sido imputados ao adolescente agredido. Para mostrar que autoritarismo pouco é bobagem, o MPF ainda pede que a rede de TV seja condenada a pagar R$ 532 mil de indenização por dano moral coletivo, calculada com base nos valores das inserções comerciais veiculadas pelo canal.

Para Rothenburg diz que o SBT deve ser responsabilizado pelo “exercício abusivo e exorbitante dos direitos de livre expressão e informação”, numa das declarações mais vergonhosas que algum censor já disse em todos os tempos.

Está aí mais uma atitude do MPF que só seria cabível em um país anticivilizacional como a Venezuela. Vale lembrar que toda a palhaçada começou ainda em 2014 com uma encenação de Jandira Feghali e Ivan Valente (autoritários ao limite) querendo retirar verbas do SBT a partir de critérios vagos.

Enquanto isso, a extrema-esquerda segue dizendo que “é compreensível” que o Champinha tenha matado Liana Friedenbach. A única coisa que não pode ser considerada “compreensível” é o revide do povo contra a violência.

Como se nota, sem critérios vagos, não há censura sutil que funcione. Os que ainda prezam a civilização devem pressionar e ridicularizar o MPF por essa atrocidade.

Censura nesse nível não é coisa de país civilizado.


09 de junho de 2017
ceticismo político

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