"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 4 de junho de 2017

MAIORIA DOS MINISTROS DO STF DEVE SER FAVORÁVEL À RESTRIÇÃO DO FORO

JULGAMENTO FOI SUSPENSO PELO PEDIDO DE VISTA DE ALEXANDRE DE MORAES
AO FINAL DA SESSÃO, O MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO COBROU CELERIDADE FOTO: CARLOS MOURA

Apesar do pedido de vista, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deverá ter maioria para aprovar a restrição do alcance do foro privilegiado. Anteontem, o julgamento foi suspenso após o ministro Alexandre de Moraes alegar que precisava de mais tempo para analisar a questão.

Mesmo assim, três ministros – Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e a presidente da Corte, Cármen Lúcia – decidiram antecipar o voto e acompanhar o entendimento do relator, Luís Roberto Barroso. Para eles, a prerrogativa do foro no Supremo só deve valer para crimes cometidos no cargo e em função dele.

Ao final da sessão, Barroso cobrou celeridade. O gabinete de Moraes afirmou que o ministro vai devolver o processo ao plenário o “mais rápido possível”.

Entre os ministros que devem votar a favor da restrição do alcance do foro está o decano Celso de Mello, que é antigo crítico da prerrogativa. Luiz Fux também já sinalizou concordar com Barroso. Com esses dois votos, o plenário já formaria maioria em torno da questão.

Durante o julgamento de anteontem, além de Moraes ter feito diversos questionamentos ao voto do relator, os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli rebateram a ideia de que a prerrogativa de foro no Supremo provoca impunidade.

Dois ministros ainda não sinalizaram como votarão. O relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, e Ricardo Lewandowski. Fachin já declarou que o foro é “incompatível com o princípio republicano”, mas não revela de que lado se posicionará no debate sobre se o Supremo pode restringir ou se só o Congresso deve tomar essa decisão.
Lewandowski já se manifestou ser contra o instituto. Na época do julgamento do mensalão, ele deu declarações sobre o assunto, mas agora tem dito o Congresso deve resolver a questão.

Na quarta-feira, enquanto o plenário do Supremo começava a discutir o assunto, o Senado aprovou em segundo turno de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que põe fim ao foro, com exceção dos presidentes da República, Senado, Câmara e Supremo, além do vice-presidente da República. A PEC será discutida na Câmara

Para Barroso, porém, a decisão não impede o Supremo de restringir o foro, uma vez que a proposta do ministro valeria para os cargos que continuarem com a prerrogativa.(AE)


04 de junho de 2017
diário do poder

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