"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

CONGRESSO NACIONAL DO PT

LULA FALA EM 'PALHAÇADA' AO CITAR LAVA JATO E CHAMA JOESLEY DE 'CANALHA'
EX-PRESIDENTE DIZ QUE AÉCIO 'PLANTOU VENTO E COLHEU TEMPESTADE'

“UM CANALHA DE UM EMPRESÁRIO DISSE QUE FEZ UMA CONTA PARA MIM E OUTRA PARA DILMA, MAS A CONTA ESTÁ NO NOME DELE E É ELE QUEM MEXIA NA CONTA”, DISSE LULA (FOTO: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO)


Em discurso de mais de 40 minutos no Congresso Nacional do PT, em Brasília, o ex-presidente Lula afirmou que já "provou" sua inocência e, agora, é a hora de a Lava Jato provar sua culpa. O petista, que é réu em ações penais e alvo de denúncia no âmbito da operação, disse ainda que é preciso “parar com essa palhaçada”.

“Eu acho que está chegando o momento de parar com palhaçada neste país. Este país não comporta mais essa destruição de achincalhamento”
, declarou ao fim de um discurso que durou mais de 40 minutos.

Ele rebateu a delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS. Ao citar declarações do empresário de que a empresa teria criado uma conta para abastecer campanhas petistas, Lula chamou Joesley de “canalha”.

“Um canalha de um empresário disse que fez uma conta para mim e outra para Dilma, mas a conta está no nome dele e é ele quem mexia na conta”, disse.

O petista também fez referência ao depoimento que prestou ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, em um dos processos do qual é réu. “Não quero que vocês se preocupem com meu problema pessoal. Isso eu vou resolver com o Ministério Público e com o representante da Lava Jato”, afirmou.

Depois de ser citado pelos empresários Marcelo e Emílio Odebrecht, e aparecer em planilhas da empreiteira com o codinome “Amigo”, segundo investigações, Lula disse que, agora, sabe quem realmente são as pessoas a sua volta. “Sei quem são meus amigos de sempre e quem são meus amigos eventuais. Agora está muito claro. É uma coisa de pele”, afirmou.

O petista também aproveitou para falar sobre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), citado por Joesley e alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal. “Aécio plantou vento e colheu tempestade.”

Temer


Lula evitou falar sobre um dos temas que mais despertam interesse dos participantes do Congresso, qual será a posição do PT em um eventual Colégio Eleitoral em caso de vacância da Presidência, mas lembrou a eleição indireta de Tancredo Neves em 1985, quando o PT proibiu seus oito deputados de votar e acabou expulsando os três parlamentares que desafiaram a decisão partidária.

"Nós afrouxamos. Porque teve um tempo em que a gente era mais duro. A gente tomava uma decisão e quem não cumprisse no Brasil inteiro estava fora do PT. Este partido não teve medo de ser massacrado pela imprensa em 1985, quando a gente tinha apenas oito deputados, que a gente decidiu não ir ao colégio eleitoral votar no Tancredo e a gente expulsou três deputados. Imaginaram que a gente ia acabar",
disse Lula.

Ao se dirigir aos 600 delegados que participam do Congresso Lula pediu a elaboração de um novo programa partidário que balize sua candidatura à presidência em 2018, "Para nós 2018 já começou e está aí", afirmo Lula que também fez um apelo pela unidade interna do PT. "Aqui temos apenas adversários momentâneos. Lá fora estão nossos inimigos de classe", completou.


02 de junho de 2017
diário do poder

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