"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 2 de novembro de 2013

AQUELE QUERIDINHO DO BRASIL MARAVILHA DA CANALHA QUE LIA (LÊ?) OS JORNAIS DE 2015



Rosebud (botão de rosa) é a chave que explica a criação e o esfacelamento do império do Cidadão Kane – na vida real, presume-se, o magnata norte-americano William Hearst, falecido em 1951.

Diploma de idiota pode ser a expressão que ajuda a explicar a meteórica construção e o desmonte do império do cidadão Eike Batista.

O Cidadão Kane é o filme genial lançado em 1941, dirigido e estrelado por Orson Welles, marco da história do cinema mundial. Rosebud, só no incêndio final fica claro, é a marca do trenó com que o menino Charles Kane brincava no momento crucial em que se separou irremediavelmente de sua mãe, trauma nunca resolvido que tentou superar com a fantástica acumulação de riquezas e de poder.

Eike nunca escondeu de ninguém que um dos momentos decisivos de sua vida aconteceu quando comunicou à família a aquisição de concessões de minas de ouro no Pará. Foi quando o pai, Eliezer Batista, um dos grandes presidentes da Companhia Vale do Rio Doce e ministro de Minas e Energia no período João Goulart, deu um tapa retumbante na mesa da sala de jantar, riscou uma moldura imaginária no ar contra a parede de fundo, e perguntou diante da esposa, de Eike e dos outros seis filhos: "Você quer tirar diploma de idiota?".

A partir daí, as coisas na vida de Eike parecem ter-se passado de forma a provar para o pai, para si mesmo, para o País e para o mundo, que não era e jamais seria um idiota, o que de fato nunca foi. "Meus projetos são à prova de idiota", declarou ele em 2012, relata a comentarista do jornal O Globo Míriam Leitão.

Nesta quarta-feira, a petroleira do grupo, a OGX, entrou com pedido de recuperação judicial. Aconteça o que acontecer, a história do império fará inevitavelmente parte dos estudos de caso nos cursos superiores de Administração de Empresas. E haverá lições a tirar de uma impressionante roda-viva que girou em torno de projetos mirabolantes, avaliações apressadas, seduções sistemáticas de mercados, banqueiros e políticos, de capitalizações gigantescas de empresas e negócios construídos, em grande parte de vento, quase sempre com recursos dos outros.

Mais ainda há a cobrar do governo do PT, que se lançou a exibir feitos e grandes acordos com
representantes da chamada burguesia nacional. Foi o governo que catapultou Eike Batista a candidato a campeão da atividade econômica e grande exemplo a seguir pelo empresariado brasileiro. Depois o alimentou com recursos subsidiados do BNDES e empurrou a Petrobrás para o seu colo, supostamente para parcerias com a OGX, que seriam irrevogáveis e desastrosas fossem elas levadas a cabo.

Como a sociedade e o País mergulharam de cabeça nesse jogo é outra narrativa rica em ensinamentos, embora episódios parecidos com esse sejam permanentemente revisitados desde as gigantescas pirâmides financeiras feitas com bulbos de tulipa ocorridas na Holanda do século 17.


Mas a grande história pode ser outra. Parece ter a ver com buracos negros interiores que precisam ser preenchidos com massas cósmicas que em seguida desaparecem misteriosamente. Ou reaparecem no outro lado do universo.
O ser humano e a sociedade não são, por acaso, feitos desse tipo de material?

Celso Ming 
02 de novembro de 2013

SEGURO DE VIDA DE 180 MIL SERVIDORES ESTÁ POR UM FIO



Não bastasse a dor de cabeça com os planos de saúde, os servidores têm agora de lidar com problemas financeiros e de gestão de operadoras de seguros de vida. Responsável por uma carteira de 300 mil beneficiários, dos quais pelo menos 180 mil são funcionários públicos, a Federal Seguros corre o risco de sair do mercado ainda neste ano.

Com um rombo que já chegou a R$ 73 milhões (hoje, está um pouco menor), segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), a empresa pode ter a liquidação extrajudicial decretada, caso não apresente até novembro um plano de recuperação convincente.
A informação é do titular da Susep, Luciano Santanna, que falou ontem sobre o assunto em uma audiência pública na Câmara dos Deputados.


 A Federal Seguros possui uma relação estreita com o funcionalismo público. Pertencente ao governo entre 1969 e 1983, a companhia foi privatizada e adquirida, por meio de licitação pública, pelo grupo Carmo Indústria e Comércio S.A. Apesar de não atender somente servidores, a categoria representa hoje mais de 60% da carteira, uma herança da época em que a empresa pertencia ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipase), hoje Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O diretor executivo da Federal Seguros, Luiz Eduardo Fidalgo, explica que a origem da dificuldade financeira está, principalmente, em dois pontos. Primeiro, segundo ele, a seguradora tem um crédito de R$ 80 milhões no INSS, referente ao pagamento de dívidas que antecedem a privatização. “Nós levamos à Susep a contabilização dos livros caixa da empresa de 1983 até hoje. O débito apresentado, independentemente do tipo de juro que consta no contrato de privatização (de 1% ao mês), tem esse valor”, alegou.

“Com R$ 80 milhões eu teria mais do que o suficiente para cobrir tudo o que está no laudo”, completou Fidalgo. O caso, segundo Luciano Santanna, é contestado pelo INSS e já foi apresentado à Justiça. Atualmente, a situação é estudada pela Advocacia-Geral da União (AGU), segundo o presidente da Susep. O instituto foi procurado, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.

A outra causa apontada por Fidalgo é o fato de o governo não estar ressarcindo os valores referentes ao seguro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de concessões feitas há mais de 30 anos. Garantido por lei, o benefício
deveria ser usado para cobrir casos de morte ou invalidez do mutuário e de danos no imóvel. Para essas situações, existe o Fundo de Compensações de Variações Salariais (FCVS), que é responsável por reembolsar as seguradoras. “É um seguro público. Esses prêmios nunca foram retidos pela empresa, e o governo não está devolvendo a ninguém”, protestou o diretor da Federal.


Segundo ele, cerca de R$ 20 milhões deveriam ter sido restituídos. O superintendente da Susep explica que o ressarcimento foi interrompido depois de denúncias de irregularidades em relação a esse tipo de seguro. “Momentaneamente, suspenderam-se as remunerações até que se consigam combater as fraudes no sistema”, pontuou.


Reclamações
Com problemas financeiros de toda sorte e graves falhas de gerenciamento, a Federal começou a acumular reclamações de consumidores e processos na Justiça, o que levou a Susep a intervir e a instaurar o regime de direção fiscal na seguradora em setembro de 2012. Funcionário de uma usina no estado de Goiás, Ítalo Melo Silva, 26 anos, aguarda há sete anos pela indenização do seguro de vida da mãe, servidora da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás.

“Ela teve a taxa do benefício descontada na folha de pagamento durante 23 anos, mas, até hoje, não recebi um centavo”, reclamou Ítalo. Sem perspectivas de ser reembolsado, ele recorreu à Justiça. A indenização, avaliada por ele em R$ 297 mil, poderia ajudá-lo a terminar a construção da casa própria e a reformar a residência onde mora com os avós, em Itumbiara (GO). “Na hora em que mais precisamos, não podemos contar com o dinheiro”, lamentou.

Os recursos também ajudariam no tratamento do avô de Ítalo, de 86 anos, que foi diagnosticado com câncer de pele e, só em medicamento, gasta R$ 500 ao mês. A renda familiar, de aproximadamente R$ 3 mil, mal cobre os custos dos três, avaliados em R$ 2,5 mil. “Há meses que gastamos mais. Meus avós não têm plano de saúde. Quando precisam ir ao médico, só uma consulta chega a R$ 300”, afirmou.


LiquidaçãoApesar da intervenção, a situação da Federal Seguros ainda não está boa. Segundo o último balanço da companhia divulgado pela Susep, referente a junho de 2013, as dívidas eram 37% maiores que o capital — o patrimônio líquido dela é de R$ 80, 9 milhões e o passivo, de R$ 111 milhões. Por isso, conforme Santanna, a intervenção já está na fase final: ou a Federal aponta uma solução para a dívida ou aliena uma parte “para uma empresa que possa fazer os aportes necessários para a continuação da seguradora”.
A liquidação, segundo ele, é o último passo. 
 
“Vários processos de liquidação estão correndo na Susep há 10 anos. 
Não é simples conduzi-los. Além disso, uma liquidação não é boa para o consumidor, que vai demorar muito a receber o dinheiro, e se receber”, pontuou. 

 Em relação aos beneficiários, o diretor da seguradora reconhece que há atrasos, mas enfatiza que a empresa não deixou de pagar ninguém. “A questão é que a Federal cumpre obrigações, mas atrasa os pagamentos. Em nenhuma fiscalização da Susep foi registrado que ela (a seguradora) fraudou ou fez uso indevido de alguma conta. Foram registrados lapsos de inexistência de capital nas contas porque muitos bens foram penhorados”, afirmou. “O atraso gera problemas, processos judiciais, o que faz com que a dívida fique ainda maior”, completou.
 BÁRBARA NASCIMENTO/Correio Braziliense
02 de novembro de 2013

TIRO ERRADO

Justiça nega habeas corpus a irmãos de Gaievski, ex-assessor pedófilo da ainda ministra Gleisi Hoffmann


O inferno astral da família Gaievski parece não ter fim. Ex-assessor especial de Gleisi Hoffmann na Casa Civil, o pedófilo Eduardo Gaievski, preso sob acusação de estupro de menores, recebeu com desapontamento a informação de que o Tribunal de Justiça do Paraná negou o pedido de habeas corpus de seus dois irmãos.

Considerados foragidos pela Justiça, Francisco e Edmundo Gaievski tiveram a prisão decretada por suspeita de pagamento de testemunhas que deveriam mudar depoimentos em cartório para favorecer o pedófilo que a ainda ministra Gleisi levou ao Palácio do Planalto para trabalhar a poucos metros da presidente da República.

Também na última semana foram presos em flagrante o filho de Eduardo Gaievski, André, e o advogado do ex-assessor, Fernandes da Silva Borges. Com a dupla a polícia encontrou as mães de duas vítimas do pedófilo, que estavam a caminho do cartório para mudar depoimentos mediante pagamento em dinheiro.

A fracassada investida para produzir depoimentos favoráveis a Gaievski decorre da proximidade da primeira audiência na Justiça em que o pedófilo será ouvido. O Ministério Público do Paraná, que ofereceu denúncia contra o ex-prefeito de Realeza, vem reforçando o estoque de provas nas últimas semanas, o que deve complicar ainda mais a situação do monstro da Casa Civil.

O pedófilo foi transferido da Casa de Custódia de Curitiba para o presídio de Francisco Beltrão, a poucos quilômetros do Paraguai, para onde estava fugindo quando foi preso em Foz do Iguaçu.

02 de novembro de 2013
ucho.info

CHUMBO GROSSO

Lula foi radicalmente contra programas de transferência de renda, afirma Ronaldo Caiado


Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO) rebateu as acusações do ex-presidente Luiz Inácio da Silva de que adversários políticos criticaram de alguma forma o programa Bolsa Família. “A tensão pré-eleitoral toma conta do governo do PT. Hoje, nos 10 anos do Bolsa Família, uma mentira atrás da outra”, disse.

Caiado afirmou que foi Lula quem criticou os programas transferência de renda antes de chegar ao poder, em 2003. 
“Lula na época falava que transferir renda era assistencialismo, compra de votos.

Lula diz uma coisa diferente hoje, mas o que ele realmente pensa sobre transferência de renda é fácil de comprovar”, disse, ao citar programas eleitorais de Lula que estão no YouTube. Em um desses programas, o ex-presidente dizia que “assistencialismo conduz a pensar com o estômago”.

Ronaldo Caiado disse ainda que Fernando Henrique Cardoso criou o piloto do programa Bolsa Escola, mas o falecido senador Antônio Carlos Magalhães, então no PFL, elaborou o fundo contra a pobreza, que permitiu a expansão dos programas sociais, que mais tarde foram unificados com o nome de Bolsa Família. Caiado cita artigo de Gilberto Dimenstein, publicado pela Folha de S. Paulo, em 4 de outubro de 2006.

De acordo com o líder do Democratas, o governo do Partido dos Trabalhadores perdeu todo o seu discurso. “O PT dizia combater a corrupção, mas o Mensalão provou o contrário. O governo do PT se disse contra as privatizações. É só ver algumas estradas e aeroportos para comprovar mais uma falácia. O governo do PT fazia terrorismo contra a privatização da Petrobras. Semana passada, o Campo de Libra quebrou mais um discurso O governo do PT dizia o mesmo sobre o Banco do Brasil, que hoje tem 30% de capital estrangeiro. Na época de FHC, não passava de 12,5%”, disse.

De acordo com Ronaldo Caiado, a perda de discurso “tira o sono dos petistas”. “O ano 2014 está aí e Dilma e Lula estão sem ter o que apresentar e propor. O Brasil acordou”, disse.

02 de novembro de 2013
ucho.info

POR QUE SOMOS UM PAÍS BURRO


"Um país que tem embargos infringentes, por exemplo, é um país burro — não pode existir vida inteligente num sistema em que, para cumprir a lei, é preciso admitir a possibilidade de processos que não acabam nunca"
 
“Um país que tem embargos infringentes, por exemplo, é um país burro — não pode existir vida inteligente num sistema em que, para cumprir a lei, é preciso admitir a possibilidade de processos que não acabam nunca” (Imagem: Dreamworks)
 
02 de novembro de 2013
J.R.Guzzo

A PETROBRAS PATROCINOU ATÉ UMA ONG FUNDADA PELO COMPANHEIRO DELÚBIO

 

De maneira que a Petrobras perdeu dinheiro com uma ONG fundada por Delúbio Soares, prefiro começar como se o texto estivesse no meio porque parágrafos de abertura devem dizer algo surpreendente, e pilantragens financeiras envolvendo o tesoureiro do mensalão são tão previsíveis quanto a alternância das marés, a mudança das estações ou mais um assassinato do plural pelo presidente Lula.
Considerada até recentemente uma empresa moderna para os padrões brasileiros, a estatal sucumbiu à Era da Mediocridade depois de tomada de assalto pela companheirada. Pode ter caído na vida, sugere a reportagem publicada pelo Estadão na edição de domingo.

Entre outros negócios ─ como direi? ─ obscuros, o jornal resumiu a história de um convênio celebrado em 2007 entre a Petrobras e o Instituto Nacional de Formação e Assessoria Sindical da Agricultura Familiar, o Ifas, organização não-governamental fundada em 1985 por um grupo de petistas chefiado por Delúbio.
Homiziada numa casa modesta no centro de Goiânia, desprovida até da placa na fachada, a ONG já se metera num caso de desvio de verbas do INCRA quando a Petrobras topou contemplá-la com R$ 4 milhões.

No texto do acordo, ficou combinado que, em troca da verba, o Ifas ensinaria trabalhadores rurais de Minas, Bahia e Ceará a plantar mamona, dendê e girassol. Entusiasmados com os cifrões, os discípulos de Delúbio prometeram diplomar 3 mil famílias de pequenos agricultores, garantir-lhes assistência técnica e construir armazéns para hospedar a produção de bom tamanho: 5,5 mil toneladas de grãos.
Entusiasmada com as cifras que jamais sairiam do papel, a direção da Petrobras acelerou a liberação de R$ 1,6 milhão. Ninguém sabe que fim levou a bolada.

O formidável berreiro causado pela ideia de instaurar-se uma CPI da Petrobras informou que algo de errado ocorrera. Querem prejudicar a nação com estragos na imagem de uma empresa que é a cara do Brasil, emocionou-se o presidente Lula.
Querem privatizar a Petrobras, desconfiaram os neopelegos sindicalistas e subalternos de nascença como o ministro Edison Lobão. O petróleo é nosso, ecoaram devotos da seita petista e parlamentares da base alugada. 
É nosso e ninguém tira, preveniram no centro do Rio os puxadores de cantoria de uma passeata em miniatura. Aí tem, deduziram até o mais desinformado frentista de posto de gasolina.

Tem até um convênio com Delúbio, sabe-se agora. De maneira que a coisa pode ficar feia ─ se o país recuperar a vergonha que sumiu no começo deste século.

02 de novembro de 2013
Augusto Nunes, Veja
PUBLICADO EM MAIO DE 2009

"CRÊ OU MORRE"

 

E se de repente, um dia desses, ficasse demonstrado por A + B que o grande problema do Brasil, acima de qualquer outro, é a burrice? Ninguém está aqui para ficar fazendo comentários alarmistas, prática que esta revista desaconselha formalmente a seus colaboradores, mas chega uma hora em que certas realidades têm de ser discutidas cara a cara com os leitores, por mais desagradáveis que possam ser.
É possível, perfeitamente. que estejamos diante de uma delas neste momento: achamos que a mãe de todos os males deste país é a boa e velha safadeza, que persegue cada brasileiro a partir do minuto em que sua certidão de nascimento é expedida pelo cartório de registro civil, e o acompanha até a entrega do atestado de óbito, mas a coisa pode ser bem pior que isso. Safadeza aleija, é claro, e sabemos perfeitamente quanto ela nos custa ─ basicamente, custa todo esse dinheiro que deveria estar sendo aplicado em nosso favor mas que acaba se transformando em fortunas privadas para os amigos do governo, ou é jogado no lixo por incompetência, preguiça e irresponsabilidade. Mas burrice mata, e para a morte, como também se sabe, não existe cura. Ela está presente pelos quatro cantos da vida nacional.

Um país que tem embargos infringentes, por exemplo, é um país burro ─ não pode existir vida inteligente num sistema em que, para cumprir a lei, é preciso admitir a possibilidade de processos que não acabam nunca.
Também não há atividade cerebral mínima em sociedades que aceitam como fato normal trens que viajam a 2 quilômetros por hora, a exigência de firma reconhecida, o voto obrigatório e assim por diante.
A variedade a ser tratada neste artigo é a burrice na vida política. Ela é especialmente malvada, pois age como um bloqueador para as funções vitais do organismo público — impede a melhora em qualquer coisa que precisa ser melhorada, e ajuda a piorar tudo o que pode ser piorado.

A manifestação mais maligna desse tipo de estupidez é a imposição, feita pelo governo, e a sua aceitação passiva, por parte de quase todos os participantes da atividade política brasileira, da seguinte ideia: no Brasil de hoje só existem dois campos. Um deles, o do governo, do PT, da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, é o campo do “bem”; atribui a si próprio as virtudes de ser a favor da população pobre, da verdadeira democracia, da distribuição de renda, da independência nacional e tudo o mais que possa haver de positivo na existência de uma nação. É, em suma, a “esquerda”.
O outro, formado automaticamente por quem discorda do governo e dos seus atuais proprietários, é o campo do “mal”. A ele a máquina de propaganda oficial atribui os vícios de ser a “elite”, defender a volta da escravidão, conspirar para dar golpes de Estado, brigar contra a redução da pobreza e apoiar tudo o mais que possa haver de horrível numa sociedade humana.
É, em suma, a “direita”. O efeito mais visível dessa prática é que se interditou no Brasil a possibilidade de haver um centro na vida política. Ou você está com Lula-Dilma ou vai para o inferno: “crê ou morre”, como insistia a Inquisição da Santa Madre Igreja.

Essa postura é um insulto à capacidade humana de pensar em linha reta, que continua sendo a distância mais curta entre dois pontos. O Brasil não é feito de extremos; isso simplesmente não existe em nenhum país democrático do mundo. Abolir o espaço para um centro moderado é negar às pessoas o direito de pensar com aquilo que lhes parece ser apenas bom-senso, ou a lógica comum.

Por que o cidadão não poderia ser, ao mesmo tempo, a favor do Bolsa Família e contra a conduta do PT no governo? É dinheiro de imposto; melhor dar algum aos pobres do que deixar que roubem tudo, (o programa, aliás, foi criado por Fernando Henrique; de Júlio César para cá, passando por Franklin Roosevelt, dar dinheiro ou comida direto ao povão é regra básica de qualquer manual de sobrevivência política.)
Qual é o problema em defender a legislação trabalhista e, ao mesmo tempo, achar que quem rouba deve ir para a cadeia? O que impediria alguém de ser a favor do voto livre e contra o voto obrigatório? Nada, a não ser a burrice que obriga todos a se ajoelharem diante do que o PT quer hoje, para não serem condenados como hereges.
É por isso que no Brasil 2013 Fernando Gabeira, Marina Silva e tantos outros que querem pensar com a própria cabeça são de “direita”, segundo os propagandistas do governo. Já Paulo Maluf, José Sarney etc. são de esquerda.
Vida inteligente?

02 de novembro de 2013
J. R. GUZZO

EIKE BATISTA EM 10 FRASES



1. “Minha missão é ajudar o Rio e o Brasil”.

2. “Criei uma sigla que resume um dos  um mandamentos para gerir bem uma empresa. É o PPI, ou Projeto à Prova de Idiota. Toda empresa, em algum momento, será comandada por um idiota, nem que seja por pouco tempo. Sabendo disso, nós montamos empresas que possam sobreviver aos idiotas. Meus ativos são à prova de idiotas”.

3. “Meu destino é lapidar diamantes brutos”.

4. “Por que só jogador de futebol e dupla sertaneja podem aparecer? Sou empresário transparente, tenho que me mostrar mesmo”.

5. “Deus deixou o item ‘saber fazer dinheiro’ para o meu pote”.

6. “Tenho que concorrer com o senhor Slim (Carlos Slim, bilionário mexicano). Não sei se vou passá-lo pela esquerda ou pela direita, mas vou ultrapassá-lo”.

7. “Tenho um pacto com a Mãe Natureza. Eu perfuro e acho coisas”.

8. “Uma companhia precisa de movimento. Calmaria é bom para quem não quer sair do lugar” .

9. “Um sonho é um sonho até que se acorde”.

10. “Eu, como brasileiro desta geração, digo com orgulho que o sucesso das minhas empresas não seria possível sem esse Brasil novo criado pelo presidente Lula”.

02 de novembro de 2013
Veja

REDE DE ONGs ENSINA A DETER CORRUPÇÃO ENQUANTO É TEMPO

 

Sem alarde, Observatórios Sociais se alastram por cidades médias e pequenas do Brasil, monitorando editais de licitação de forma sistemática, antevendo fraudes e garantindo vultosa economia para os cofres municipais. E agora querem pôr o pé nas principais metrópoles do país

 
Corrupção mãos dinheiro
Fiscalização sistemática previne a corrupção e eleva o debate sobre a qualidade dos gastos públicos (iStock)

Há dois caminhos para combater a corrupção. Um deles é o de punir os malfeitos — e todos sabem como é difícil obter condenações no Brasil, e mais ainda reaver os valores desviados. O outro caminho é o da prevenção, o de se antecipar aos corruptos. É a isso que se dedica o Observatório Social do Brasil (OSB), uma rede de ONGs que se alastrou por 14 estados.
O ponto de partida é a constatação de que boa parte das fraudes pode ser adivinhada nas entrelinhas das licitações. Basta ter acesso à papelada, o olho treinado e (muita) paciência para desenredar suas tramas.
O mesmo método evita que erros que não envolvem má fé, mas saem caro para o contribuinte, sejam cometidos. Em 2012, a OSB conseguiu impedir que 305 milhões de reais escoassem dos cofres municipais.

A ideia nasceu em Maringá, no Paraná, na esteira de um escândalo de corrupção que estourou na gestão do prefeito Jairo de Moraes Gianoto, tendo por pivô seu secretário de Fazenda, Luiz Antonio Paolicchi. Gianoto se afastou do cargo em 2000, perdeu a reeleição e se retirou da política — e da cidade.
Em 2006, foi condenado a 14 anos de prisão por desvio de verbas públicas, sonegação e formação de quadrilha.
Em 2010, em nova sentença condenatória, a Justiça cobrou o ressarcimento de estratosféricos 500 milhões de reais em ação por improbidade administrativa. Gianoto recorre em liberdade. Paolicchi foi assassinado em 2011.

Enquanto os processos se arrastavam na Justiça, um grupo de moradores indignados resolveu, em vez de vandalizar as lojas da cidade ou incendiar caminhões, organizar um sistema de fiscalização do poder público que prevenisse futuras tramoias.
O marco zero é 2005. Naquele ano, a prefeitura lançou um edital para a compra de 2.918.000 comprimidos para dor de cabeça. Na licitação, foi fixado o valor de 0,009 centavos por drágea. Na hora do empenho, "esqueceram" um zero, e o preço saiu por 0,09.
Esse singelo "descuido" teria então o efeito de multiplicar por dez o gasto total (de 26.262 mil reais para 262.620 mil reais). Revelada a trapalhada, o processo foi suspenso.

A experiência em Maringá deu tão certo que começou a ser reproduzida por outras cidades. Com o tempo, ganhou um amplo leque de apoios institucionais: Ministério Público, OAB, Federações da Indústria e do Comércio, Receita Federal, Tribunais de Contas, universidades e, principalmente, as Associações Comerciais, que abrigam 70% dos Observatórios Sociais (OS).
Atualmente, 77 municípios contam com seus próprios observatórios. Na próxima segunda-feira, Curitiba sedia o quarto encontro nacional, para que as boas práticas de cada unidade sejam compartilhadas pelas demais.

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Em VEJA de 06/12/2000: Assim é demais

Divulgação
Ater Cristofoli, presidente do OSB: "O grande negócio está na prevenção"

"Depois que roubam..." – O empresário Ater Cristofoli, de 49 anos, dirigiu a primeira réplica do Observatório, em Campo Mourão, no interior do Paraná, onde nasceu e hoje mantém fábricas, uma fundação, escola técnica e incubadora.
"A gente se tocou que, enquanto fazia rifa, vendia jantar e colhia doações para ajudar a Santa Casa, o Lar dos Velhinhos ou a APAE, milhares de reais eram jogados fora em compras mal feitas ou desvios", diz.
"E o grande negócio está na prevenção. Depois que roubam... aí esquece." Com a entrada em cena do Observatório Social, os custos com material escolar caíram para um terço, e o gasto com medicamentos, pela metade. Cristofoli hoje está à frente da organização nacional dos Observatórios Sociais, e seu objetivo é acelerar a irradiação da franquia.

Basicamente, os Observatórios Sociais funcionam assim: um punhado de técnicos, voluntários e estagiários debruça-se sobre os editais das principais modalidades de licitação (concorrência, convite, tomada de preços e pregões), com especial atenção aos casos em que o governo a descarta (inexigibilidade ou dispensa de licitação); encontrada uma suspeita, a secretaria ou a prefeitura é formalmente notificada; não havendo providências, o caso é reportado aos vereadores (que têm, a propósito, o dever constitucional de fiscalizar a administração municipal); se nada funcionar, recorre-se então ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. "Mas em geral você liquida o caso logo na primeira etapa", conta Cristofoli. "É muita exposição. Quando a gente pega uma irregularidade, é que está muito evidente."

O roteiro básico dos Observatórios Sociais se completa com a divulgação dos editais, para aumentar a concorrência, a presença nos pregões, para apontar os lances suspeitos, e o acompanhamento das entregas, para garantir que os contratos sejam efetivamente cumpridos.
"O efeito psicológico é muito grande", diz José Roberto de Jesus, do OS de Rolim de Moura (RO). A entidade entrou em operação em 2009, seguindo um roteiro comum: antes de abrir as portas, azeitou o trânsito com o Ministério Público e arrancou, na campanha municipal de 2008, o compromisso público dos candidatos com a iniciativa.
Já no primeiro ano, a cidade conseguiu reduzir o custo de várias compras: cálices de plástico baixaram de 12,90 reais em 2008 para 1,05 a unidade; anticoagulante, de 47 reais para 17,50 reais; papel para impressora, de 15 reais para 1,92 reais.

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Em VEJA de 06/12/2000: Assim é demais


Metrópoles no alvo – A economia para os cofres públicos vai bem além das miudezas. A partir da análise de 378 licitações, Itajaí (Santa Catarina) conseguiu salvar do desperdício ou da corrupção 29 milhões de reais em 2012. Em São José (também em SC), a revogação de um único edital — para exploração do serviço de estacionamento rotativo — evitou desembolsos que somariam 15 milhões de reais ao longo de dez anos.

"O grau de confiança dos observatórios é muito grande. Eles têm conhecimento técnico para verificar os documentos", diz o promotor Davi do Espírito Santo, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Moralidade Administrativa.

Em 2013, o MP de Santa Catarina formalizou uma parceria com OSs do estado. São duas frentes. Por uma delas, os OS vão ajudar a verificar se as administrações municipais estão cumprindo a lei de acesso de informação efetivamente. Na outra frente, as ONGs farão chegar aos promotores as denúncias de editais viciados.

Segundo Espírito Santo, uma das razões da credibilidade dos observatórios é seu caráter técnico. "Não são denúncias movidas por partidarismo ou vingança", diz. Para manter este perfil, os observatórios não aceitam militantes entre seus 1.500 voluntários nem funcionários dos órgãos que eventualmente serão fiscalizados. "O foco é a gestão, não o prefeito", diz Roberto de Jesus.

Esta neutralidade política tem se mostrado um empecilho para a implantação dos Observatórios Sociais nas grandes metrópoles, onde a agenda dos partidos, governo e oposição exerce maior influência sobre as entidades que costumam prestar auxílio aos escritórios. "Nas cidades de pequeno ou médio porte, a experiência tem funcionado muito bem. Mas ainda não sabemos lidar com cidade grande", admite Cristofoli.

Em São Paulo, a iniciativa está sendo gestada com apoio do sindicato dos auditores-fiscais da Receita Federal. Para além da questão política, Luiz Fuchs, vice-presidente do Sindifisco em São Paulo, aponta o tamanho da cidade como o principal desafio.
Por exemplo: o orçamento da cidade aprovado para 2013 foi de 42,1 bilhões, quase cinquenta vezes o de Maringá, de 870 milhões. Fuchs explica que ainda está em estudo a melhor estratégia para enfrentar as contas municipais, se por região ou subprefeitura, por exemplo.

Má gestão – O monitoramento sistemático das contas eleva o debate sobre a qualidade do gasto público. Em junho de 2013, por exemplo, a Câmara de Ponta Grossa licitou a compra de sete veículos.
Exigências: freio a disco nas quatro rodas, faróis de neblina, vidros elétricos nas quatro portas, aparelho de MP3 e câmbio automático. Total orçado: 311.184,60 reais.
 Os números vieram a público, e pipocaram as críticas. Os vereadores então baixaram as exigências, e o custo final da compra saiu por 198.800 reais, uma economia de 112.384,60 reais.

Às vezes nem se trata de corrupção. É má gestão, mesmo. Depois dos casos dos comprimidos, os maringaenses descobriram, por exemplo, que a cidade mantinha estocados cadernos de desenho em quantidade suficiente para os próximos 24 anos, carbono preto para 62 anos e pincéis marcadores para 133 anos.
Em resposta à revelação desses e de outros absurdos, a prefeitura promoveu a organização de um almoxarifado central e a informatização do controle de estoques. "Hoje temos uma execução orçamentária mais racional", diz a presidente do Observatório Social de Maringá, Fábia dos Santos Sacco. "Não está perfeito. Mas avançamos bastante."

Economia para os cofres públicos

Confira a atuação de seis Observatórios Sociais

2 de 6

Maringá (PR)

O observatório de Maringá é o primeiro do país e serviu de inspiração para todos os demais. Seu primeiro grande caso, em 2005, foi um edital para compra de 2.918.000 comprimidos antiinflamatórios. Na licitação, fixou-se o valor de 0,009 centavos a drágea. No empenho, um zero "sumiu", e ficou 0,09. Com isso, o gasto total pularia de 26.262 mil reais para 262.620 mil reais. Revelada a trapalhada, o processo foi suspenso.

02 de novembro de 2013
Daniel Jelin

O VIGARIOTA III - CURTO E GROSSO


          Artigos - Cultura 
Quem não conhece a técnica de insistir na mentira até que ela acabe se tornando um cacoete, um vício generalizado, uma crença inabalável do senso comum?

Na sua Resposta II, o Bocabertone, não tendo mais o que alegar, parte para a falsificação completa não só do meu texto, como também do seu próprio. Três amostras, só para ilustrar que nem vale a pena examinar o resto, já que não estou discutindo com um adversário intelectual, mas com um bandidinho pé-de-chinelo:


1
Bertone: "No primeiro texto, ele nega que a CIA tenha financiado órgãos de oposição a Goulart."

OBS - Mentira grossa. Neguei os 12 bilhões de dólares, não qualquer financiamento.

2
Bertone: "...desonestidade intelectual: ele diz que atribuí o valor de 12 bilhões de dólares a uma abordagem de Bóris Fausto. Mentira. Se o leitor conferir meu texto 'A Confusão mental dos seguidores de Olavo de Carvalho' verá que eu disse 'segundo o mesmo autor que citei [...]'.

Nos parágrafos anteriores eu havia citado Evaldo Vieira, Boris Fausto e Francisco Carlos Teixeira da Silva, sendo este último a fonte da informação. Acontece que ele não leu nenhum dos três e tirou sua própria conclusão errada atribuindo tal erro a mim."

OBS – Falsificação criminosa do próprio texto. Leiam o parágrafo inteiro e digam se a menção que ele faz não é a Boris Fausto e somente a Boris Fausto:

“Os saudosistas da ditadura costumam falar de crescimento do PIB, mas ‘esquecem’ que o PIB não implica distribuição de renda. Ao contrário, os salários dos trabalhadores foram cada vez mais comprimidos. Segundo Boris Fausto, em 1972 mais de 50% da população economicamente ativa recebia menos de um salário mínimo. Os baixos salários e a concentração de renda também se refletiam na precariedade dos programas sociais. O Brasil tinha um dos piores indicadores de saúde, educação e habitação do mundo, e isso em plena era do “milagre” econômico do governo Médici.

Mas esse é o governo perfeito daqueles que odeiam Lula, Dilma e a própria sociedade brasileira. São aqueles que não querem cotas pra negros porque não querem conviver com negros na universidade, não gostam do bolsa família porque não sabem nem se existem pobres no país.
Olavo de Carvalho também mente quando diz que o governo americano não teve participação no golpe de 64. Kennedy já vinha exercendo pressão sobre o governo brasileiro por um alinhamento contra Cuba e a CIA financiava órgãos daqui para fazerem oposição ao governo Goulart como o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) e o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES).

A ESG participou ativamente da luta contra a reforma agrária. SEGUNDO O MESMO AUTOR QUE CITEI, eles chegaram a movimentar um fundo de 12 bilhões de dólares para campanhas contra o governo.”

QUE OUTRO HISTORIADOR FOI CITADO AÍ ALÉM DE BORIS FAUSTO?
Em parágrafos anteriores ele havia mencionado Evaldo Vieira a propósito da dívida externa e Teixeira da Silva a propósito do problema agrário. Nenhum dos dois aparecia dizendo nada sobre os 12 bilhões. A expressão "o mesmo historiador que citei" só pode se referir, portanto, ao último citado no mesmo parágrafo: Boris Fausto.


3
Bertone: "...Se os diálogos Johnson-Gordon foram apenas conspiração da KGB segundo o sr. Olavo..."

OBS - Mais uma falsificação. Já em "O Vigariota II", desmascarando sua afirmativa de que "OLAVO DIZ QUE ESSES DOCUMENTOS SÃO FALSOS CITANDO COMO FONTE… ELE MESMO", eu havia esclarecido:

"O merdinha mente com um despudor de strip-teaser bêbada. EU NUNCA disse que esses documentos eram falsos. Ao contrário: toda a minha argumentação [nos artigos meus ali transcritos] partiu do princípio de que eram autênticos, e de que seu sentido patente era O INVERSO do que a mídia esquerdista lhes atribuía."


Quem não conhece a técnica de insistir na mentira até que ela acabe se tornando um cacoete, um vício generalizado, uma crença inabalável do senso comum? É como no Barbeiro de Sevilha: "Caluniem, caluniem, alguma coisa sempre acabará pegando." 

Aliás, desde o começo, se esse sujeito tivesse mesmo algo de sério para opor às minhas palavras, para que teria ele de apelar à mentirinha boba sobre o vestibular da USP? Isso já diz tudo: o homenzinho é simplesmente um mau caráter, não um debatedor digno de respeito.

02 de novembro de 2013
Olavo de Carvalho

PEDOFILIA: APA CLASSIFICOU, SIM, COMO "ORIENTAÇÃO SEXUAL" - APÓS PROTESTOS, FAZ RECUO TÁTICO

           
          Artigos - Movimento Revolucionário 
Nota de Julio Severo:  A Associação de Psiquiatria Americana (APA) classificou ou não a pedofilia como “orientação sexual”? Sim, classificou, conforme a organização jurídica Liberty Counsel. Mas depois da revolta do público, a APA voltou atrás. Embora as informações online da APA não mais mencionem a pedofilia como “orientação sexual,” seu manual impresso, chamado de MDED, tem esse “erro” registrado, que a APA promete corrigir na próxima edição. Se o público não tivesse se revoltado, o “erro” não precisaria ser removido?

Washington, DC, EUA — A Associação de Psiquiatria Americana (APA) mudou a definição de pedofilia de novo. Na quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais (MDED), a APA mudou a classificação da pedofilia de “desordem” para “orientação sexual,” mas depois da indignação do público, a APA fez uma declaração dizendo que foi engano. “A ‘orientação sexual’ não é um termo usado nos critérios de diagnósticos para definir a desordem pedofílica, e seu uso na discussão do texto do MDED-5 é um erro e deveria ser lida como ‘interesse sexual.’”
Ao lançar o MDED-5 original, a APA disse que “marcava o fim da jornada de mais de uma década revisando os critérios para diagnosticar e classificar desordens mentais,” com a colaboração de “profissionais das classes de medicina e saúde mental, pacientes e suas famílias, e membros do público.”
“É evidente que se reclassificar a pedofilia fosse meramente um ‘erro,’ teria sido visto na jornada da ‘década,’” diz Mat Staver, fundador e presidente do Liberty Counsel.
“Quer seja classificada como ‘orientação sexual’ ou ‘interesse sexual,’ qualquer iniciativa para legitimar a pedofilia dará aos pederastas todos os argumentos de que eles precisam para remover as leis de idade de consentimento, e as crianças sofrerão,” diz Staver.
As mudanças não científicas da APA envolvendo a pedofilia estão cheias de polêmica durante os anos.
* Na Terceira edição do MDED, a APA disse que alguém que praticava a atração sexual por crianças era pedófilo.
* No MDED-4, a APA mudou os critérios, dizendo que a pedofilia era apenas uma desordem se “provocasse angústia clinicamente significativa ou danos em áreas sociais, ocupacionais ou outras importantes áreas de funcionamento.”
* O estudo Rind apareceu e concluiu que os relacionamentos “consensuais” entre homens e meninos não eram necessariamente prejudiciais.
* Depois da indignação com o estudo Rind, a APA disse que os valores morais estavam atrapalhando o estudo científico.
* A impressão original do mais recente MDED-5 mudou a pedofilia para “orientação sexual,” mas de novo a indignação pública fez com que os especialistas de psicologia admitissem um “erro” que será corrigido na “próxima impressão do manual.” O MDED-5 esteve sob consideração durante dez anos. É difícil aceitar que sua publicação foi um engano ou erro. Mais provavelmente, foi a indignação do público que provocou o recente comunicado de imprensa da APA.  
“A APA perdeu sua credibilidade com essa recente asneira por causa da classificação da pedofilia. A APA foi cooptada por uma agenda política. É difícil ver a APA de qualquer outra forma,” diz Staver. “As implicações de reclassificar a lei natural, quer seja para o casamento de mesmo sexo ou relacionamentos entre adultos e crianças, terão grande repercussão,” concluiu Staver.  
Liberty Counsel é uma organização internacional sem fins lucrativos de processos judiciais, educação e políticas públicas dedicada a avançar a liberdade religiosa, a santidade da vida e da família desde 1989, fornecendo assistência e representação gratuita nesses e outros assuntos.
02 de novembro de 2013LC.org
Tradução: Julio Severo
Do artigo do Liberty Counsel: American Psychological Association Struggles Again with Classifying Pedophilia 

TERCEIRA E MAIOR LEVA DE "MÉDICOS" CUBANOS CHEGA NESTA SEGUNDA-FEIRA

De acordo com o Ministério da Saúde, 3 mil profissionais desembarcam nas próximas duas semanas.
 
A terceira leva de médicos cubanos – a maior delas até agora – chega ao Brasil a partir desta segunda-feira, 4, dentro do programa Mais Médicos. Segundo o Ministério da Saúde, 3 mil profissionais de Cuba desembarcam no país nas próximas duas semanas.
 
 
A primeira etapa do programa contou com 400 cubanos e a segunda, com 2 mil. Ao todo, portanto, o Mais Médicos será integrado por 5,4 mil médicos cubanos, a maior proporção dentre os estrangeiros que integram o principal projeto da presidente Dilma Rousseff na área de saúde.
 
Profissionais de outros países ou brasileiros formados no exterior – 447 médicos – equivalem a apenas 8,2% do total de cubanos no programa. Já os profissionais formados no Brasil e atuantes no Mais Médicos não chegam a mil.
 
Pelos cálculos do Ministério da Saúde, 6,6 mil doutores estarão em atividade no programa até o fim de 2013. Para março de 2014, o governo promete quase dobrar essa quantidade, por meio de novas seleções.
 
De segunda, 4, a domingo, 10, é esperado o primeiro grupo de 2,6 mil cubanos. Na semana seguinte, mais 400 profissionais aportam no Brasil, todos com atuação prevista já a partir de dezembro.
 
O primeiro grupo se distribuirá entre quatro capitais, para três semanas de treinamento. Eles vão para Brasília, São Paulo, Fortaleza e Belo Horizonte. Os outros 400 médicos farão o curso em Guarapari (ES).
 
A partir da sanção da lei do Mais Médicos pela presidente Dilma, os registros para o exercício profissional dos estrangeiros passaram a ser emitidos pelo Ministério da Saúde, e não mais pelos Conselhos Regionais de Medicina. Nas últimas duas semanas, mais de 2,5 mil médicos estrangeiros receberam o registro do ministério.

02 de novembro de 2013
O Globo

VENDEDORES DE ILUSÕES


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“Nenhuma farsa dura para sempre, avisou em 23 de abril o post abaixo reproduzido, inspirado nas semelhanças que transformaram Eike Batista e Lula numa dupla muito afinada. Nesta quarta-feira, o império imaginário de Eike sucumbiu ao peso de uma dívida sem garantias que soma U$ 5,1 bilhões. 

“Pedido de recuperação judicial”, como o formulado pela petroleira OGX, é o codinome do velho e manjado calote quando aplicado por gente fina. A tapeação chegou ao fim. O candidato a empresário mais rico do mundo faliu. O ex-presidente continua empinando seus malabares. Mas está condenado a descobrir, não importa quando, que a freguesia dos camelôs de palanque sumiu. Lula é Eike amanhã.

Lula é o Eike Batista da política. Eike é o Lula do empresariado. Um inventou o Brasil Maravilha. Só existe na papelada que registrou em cartório. Outro ergueu o Império do X. No  caso, X é igual a nada.

O pernambucano falastrão que inaugurava uma proeza por dia se elogia de meia em meia hora por ter feito o que não fez. O mineiro gabola que ganhava uma tonelada de dólares por minuto se cumprimentava o tempo todo pelo que disse que faria e não fez.

O presidente incomparável prometeu para 2010 a transposição das águas do São Francisco. O rio segue no mesmo leito. O empreendedor sem similares adora gerúndios e só conjuga verbos no futuro. Estava fazendo um buquê de portos. Iria fazer coisas de que até Deus duvida. Não concluiu nem a reforma do Hotel Glória.

Lula se apresenta como o maior dos governantes desde Tomé de Souza sem ter concluído uma única obra visível. Eike entrou e saiu do ranking dos bilionários da revista Forbes sem que alguém conseguisse enxergar a cor do dinheiro.

Lula berrou em 2007 que a Petrobras tornara autossuficiente em petróleo o país que, graças às jazidas do pré-sal, logo estaria dando as cartas na OPEP. A estatal agora coleciona prejuízos e o Brasil importa combustível. Eike vivia enchendo milhões de barris na demasia de jazidas que continuam enterradas no fundo do Atlântico. Não vendeu um único litro.

Político de nascença, Lula agora enriquece como camelô de empreiteiros. Filho de um empresário muito competente, Eike adiou a falência graças a empréstimos fabulosos do BNDES (com juros de mãe e prestações a perder de vista), parcerias com estatais (sempre prontas para financiar aliados do PT com o dinheiro dos pagadores de impostos) e adjutórios obscenos do governo federal.

Lula só poderia chegar ao coração do poder num lugar onde tanta gente confia em eikes batistas. Eike só poderia ter posado de gênio dos negócios num país que acredita em lulas.

É natural que tenham viajado tantas vezes no mesmo jatinho. É natural que se tenham entendido tão bem. Nasceram um para o outro. Os dois são vendedores de nuvens”. Augusto Nunes, na revista Veja
Aproveitando a matéria do Augusto, os leitores podem clicar no link abaixo para verem Diogo Mainardi detonando, perguntando diretamente ao Eike:

“Essas empresas são uma espécie de Corrente de Santo Antonio da Bolsa de Valores. As empresas existem mesmo?”

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/videos-veja-entrevista/ha-dois-anos-e-meio-diogo-mainardi-enxergou-o-embuste-durante-a-entrevista-com-eike-batista-essas-empresas-parecem-uma-corrente-de-santo-antonio-da-bolsa-de-valores-elas-existem-mesmo/

02 de novembro de 2013
old man

ATÉ QUE ENFIM!

 

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Lendo o MSN de 31 de outubro de 2013, repercutindo notícia estampada no Estadão, verifico que o Brasil é denunciado na OEA – Organização dos Estados Americanos, por violar tratados internacionais sobre a liberdade de expressão.

Como a OEA é um circo do esquerdismo internacional, pode ser que dê em nada. Mas já é um primeiro passo, né não?

Vejam a notícia inteira no link:
 
 
02 de novembro de 2013
Anhanguera

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE: UM BRASIL ENVERGONHADO...

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02 de novembro de 2013

 

É COMIDA PRA MAIS DE ANO NA CASA DE QUALQUER BRASILEIRO... E DO BOM E DO MELHOR!!!

Valor de compras para a casa de Renan cai 56% após licitação ser suspensa
Valor do contrato por seis meses passa de R$ 98 mil para R$ 43 mil


Presidente do Senado, Renan Calheiros
Foto: Ailton de Freitas / O Globo
Presidente do Senado, Renan CalheirosAilton de Freitas / O Globo

Depois de cancelar licitação de R$ 98 mil para abastecer a residência oficial do presidente do Senado com itens como 25 quilos de camarão vermelho grande, a Casa divulgou, nesta sexta-feira, novo edital, no valor de R$ 43 mil, para o fornecimento de alimentos, materiais de copa, cozinha, limpeza e higienização no prazo de seis meses.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a ficar com problemas de abastecimento em sua casa com a suspensão da licitação.
 
Fazem parte do novo contrato itens como filé mignon, no valor de R$ 2.430; filé de badejo, a R$ 1.274; produtos de mercearia, como azeite de oliva extra-virgem; frios; enlatados; materiais de limpeza; frutas e verduras.
 
A licitação suspensa no mês passado previa o fornecimento de 20 quilos de frutos do mar, 1,7 tonelada de 33 tipos diferentes de carnes, sendo 100 quilos de filé mignon, além do trivial arroz e feijão. A assessoria de Renan, antes de suspender a primeira licitação, chegou a informar:
 
- Renan está almoçando no restaurante do Senado, pagando do próprio bolso. Sua esposa também está comendo fora. A licitação vai ser redimensionada para eliminar itens superfaturados e supérfluos.
Também vai haver corte na quantidade de camarão e outros itens. A ideia é cortar mais da metade do custo antes previsto e adequar as quantidades apenas para o presidente e sua esposa.
Os servidores não mais farão suas refeições no local, porque recebem ticket alimentação.
 
Desde as manifestações de junho, Renan Calheiros passou a anunciar medidas para economizar gastos da Casa, na tentativa de melhorar a imagem da instituição.

02 de novembro de 2013
O Globo

O OUTUBRO VERMELHO DA DILMA


E aí, Dilma, vai para a TV?
 
De janeiro a outubro, o comércio exterior brasileiro apresentou déficit acumulado de US$ 1,832 bilhão, o pior desde 1998, quando a balança teve saldo negativo de US$ 5 bilhões.
 
Nos dez primeiros meses deste ano, as exportações ficaram em US$ 200,472 bilhões e as importações atingiram US$ 202,304 bilhões.
No mesmo período do ano passado, a balança registrou superávit de US$ 17,350 bilhões.
 
O saldo negativo chegou a US$ 224 milhões no período, o pior resultado para o mês desde 2000, quando as compras externas superaram as vendas em US$ 546,9 milhões.
As exportações somaram US$ 22,822 bilhões e as importações, US$ 23,046 bilhões.
O resultado mensal poderia ser ainda mais fraco, não fosse o registro de exportação de uma plataforma de petróleo, no valor de US$ 1,9 bilhão. A questão é que a plataforma não saiu do Brasil.
 
02 de novembro de 2013
in coroneLeaks

REPASSES PÍFIOS AO PRONAF À PROVA DE MAQUIAGEM E OUTRAS NOTAS PERTINENTES

                     
As transferências de recursos federais para o fomento da agricultura familiar (Pronaf) somam R$ 1,5 bilhão desde 2004, segundo informa o Portal da Transparência, mas o Ministério do Desenvolvimento Agrário prefere outros números. Justifica as liberações consideradas pífias incluindo os contratos de financiamentos de agricultores junto a bancos oficiais. Só não explicou que é dinheiro para ser devolvido com juros.
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  • Segundo o Portal da Transparência, Lula destinou R$ 1,52 bilhão ao Pronaf, e Dilma abandonou o programa: transferiu só R$ 17,3 milhões.
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  • Portal da Transparência não mostra um só centavo transferido para o Pronaf até agosto. Já para o Bolsa Família, foram R$ 16,34 bilhões.
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  • Segundo o MDA, o Pronaf já levou mais de R$ 115 bilhões. Só não explica que essa grana é para financiamento, não transferências.
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  • Pedro Simon (PMDB-RS) calou o Senado, ontem, fazendo um paralelo entre o caminhão-tanque capturado na Fernão Dias e o Boeing do 11 de setembro, ambos carregados com 30 mil litros de combustível, cada.
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  • Após quase um mês de negociações, PP e Pros anunciarão a criação de “bloco programático”, na Câmara dos Deputados, em torno de dez propostas, como redução de impostos, saúde, convívio com seca…
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  • Era de enterro o ambiente no consulado-geral em Sidney, às vésperas de Finados: findo o prazo na sexta (1), ficou no limbo o relatório final do processo no Itamaraty contra o embaixador Américo Fontenelle e seu adjunto César Cidade, acusados de assédio moral e sexual.
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  • De olho nos assédios de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) para manter o apoio do PSD em 2014, o ex-presidente Lula já pediu reunião com o vice-governador e ministro Afif Domingos (Micro e Pequena Empresa).
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  • Com os soldos lá embaixo, militares estão de queixo caído: o Clube Militar oferece pacote de Natal e réveillon na sede da Lagoa, no Rio, e Carnaval em hotel de Cabo Frio, a R$10 mil, com diárias de R$ 500.
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  • Críticas à Controladoria Geral da União, do petista Jorge Hage, deixam aspones à beira de um ataque. É pressão da chefia, coitados. Sapecam “nota de esclarecimento” que nada esclarece e adotam a política de ofender críticos da CGU no caso Rose, aquela amiga íntima de Lula.
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  • A bancada do PMDB decidiu votar contra a proposta do governo de mandar instalar no país os principais data-centers de provedores de conteúdo à internet, sob avaliação de que não impedirá a espionagem.
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  • Método rápido de contribuição petista nos Correios: requisita servidores de nível médio em outros órgãos para nível e salários superiores. O superintendente-executivo, Idel Profeta, chegou requisitado do INSS.
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  • Hoje é dia de lamentar o enterro dos nossos impostos escandinavos em negócios africanos, Eike Batista, Petrobras, Cuba e mordomias oficiais.
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  •  
  • 02 de novembro de 2013
    Diário do Poder
    Coluna do Claudio Humberto